Em qualquer área da atividade econômica, a relação com os fornecedores de matéria prima é sempre cercada de cuidados. Afinal de contas, muitas vezes a produção de bens depende de empresas que vendem serviços. O próprio processo de seleção do fornecedor prevê análises e avaliações sobre o perfil e a capacidade técnica de cada empresa. No entanto, por mais rígido que tenha sido a triagem, a companhia escolhida pode não atender às necessidades do comprador. Nessas horas, o caminho natural é a substituição.
O grande desafio na substituição de um fornecedor consiste em efetuar a troca, mas com o menor impacto possível na produção. Nem passa pela cabeça do gestor a possibilidade de paralisar as atividades por conta da falta, por exemplo, de uma empresa que faça a manutenção do maquinário da fábrica. Mas o que fazer? Qual a melhor estratégia a ser adotada? Eis algumas dicas que ajudarão a empresa a superar essa dificuldade.
7 passos para trocar um fornecedor
1- Carta na manga
Mesmo que jamais ocorram problemas com seus fornecedores, mantenha uma lista de possíveis substitutos. Mapeie empresas que ofereçam serviços com as mesmas especificações técnicas e níveis similares de qualidade. Em uma situação emergencial – troca ou aumento de encomendas –, o gestor já sabe a quem recorrer.
2- Diagnóstico
Antes de optar pela substituição, a empresa deve realizar m diagnóstico sobre falhas e inconsistências nos processos. Ainda que o fornecedor tenha responsabilidade, cabe à empresa avaliar onde ela também errou. Chegar ao ponto de precisar efetuar a troca indica que houve falha interna nos mecanismos de controle. O diagnóstico permitirá estabelecer uma relação diferenciada com o novo fornecedor.
3- Projeção
Reúna os gerentes e chefes de setor para avaliar qual será o impacto da substituição no ritmo de produção. Se possível, insira o novo fornecedor nas discussões. Cada área deve explicitar quais os riscos e alternativas para contorná-los.
4- Período de testes
Não dispense imediatamente o antigo fornecedor. Mantenha um período de testes com o novo parceiro. Veja se a sua empresa não está apenas trocando de problema.
5- Mobilização
Todo período de transição requer atenção redobrada por parte das equipes. Os funcionários das áreas afetadas pela troca de fornecedor devem receber orientações especiais sobre como proceder em caso de problemas. O colaborador é o primeiro avaliador da qualidade do serviço fornecido. Dê a ele espaço para se manifestar.
6- Troca planejada
Procure antecipar a produção e deixar encaminhadas as entregas. Isso permitirá à empresa planejar a substituição de fornecedor com margem de manobra. Outro caminho é fazer contratos pequenos com outras empresas prestadoras de serviço com a finalidade de efetuar testes de qualidade.
7- Melhor época
Algumas empresas trabalham com ciclos sazonais de produção. Aproveitar os períodos de menor atividade para efetuar a troca de fornecedores permite minimizar o impacto nos processos internos.
Essas dicas ajudam o gestor a substituir fornecedores de matéria prima, causando o menor transtorno possível à empresa. No entanto, cabe destacar que a mudança representa a última opção. O ideal é buscar junto aos fornecedores, estabelecer ajustes e correções de falhas.
A substituição de fornecedores já causou problemas na sua empresa? Como o gestor encaminhou o processo de mudança? Conte-nos a sua experiência.
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