Para criar um software eficiente e de alta qualidade, é essencial seguir um processo bem estruturado e definido. No mundo da tecnologia, chamamos esse método de ciclo de desenvolvimento de software (SDLC, na sigla em inglês).
O SDLC detalha todas as fases envolvidas no desenvolvimento de um sistema, desde a sua criação até a manutenção contínua do produto.
A prática de terceirização de TI tem se mostrado um recurso importante para otimizar o ciclo de desenvolvimento de software.
De acordo com a pesquisa de 2024 da Mordor Intelligence, o mercado está avaliado em US$617,69 bilhões e tem uma projeção de crescimento para US$806,53 bilhões até 2029.
Compreender quais as etapas e os modelos desse ciclo é essencial para antecipar e resolver problemas, melhorar a comunicação entre as equipes e assegurar uma estrutura organizada para o projeto.
Neste artigo exclusivo do oHub, mostramos detalhadamente o que é o ciclo de desenvolvimento de software, suas etapas, modelos de ciclo de vida e as vantagens de terceirizar esse serviço.
O que é o ciclo de vida de desenvolvimento de software?
O ciclo de vida de desenvolvimento de software (SDLC) é uma abordagem utilizada para planejar, desenvolver, testar e manter um software. Portanto, envolve fases bem definidas que guiam a elaboração de um programa, desde a ideia inicial até o seu lançamento e suporte.
A primeira fase é o planejamento, cujo objetivo é estabelecer a finalidade do projeto, as metas e a viabilidade. Em seguida, entra a etapa de análise de requisitos, onde o foco é identificar e documentar as necessidades do software.
Na fase de design do sistema, o momento é de criar a arquitetura do programa e definir seus componentes. Já na implementação, o objetivo é codificar o software de acordo com o design especificado.
Durante a fase de testes, o time verifica se o software atende aos requisitos e funciona corretamente.
Na implantação, é o momento de configurar o software e o disponibilizá-lo aos usuários finais. Por fim, a manutenção proporciona suporte contínuo, corrige problemas e implementa melhorias.
Quais as etapas do ciclo de desenvolvimento de software?
Agora, veja em detalhes quais as etapas do ciclo de desenvolvimento de software.
1 – Planejamento
O planejamento é a primeira fase do ciclo de desenvolvimento de software e a base de qualquer projeto. Nesta etapa, definem-se os objetivos, a finalidade e a viabilidade da proposta.
Este momento é crucial porque estabelece o suporte para todas as etapas seguintes, garante que o projeto tenha uma estrutura definida, identifica e organiza os recursos necessários.
- Principais atividades e entregáveis: definição de metas e objetivos, estimativas de custo e tempo, distribuição de recursos, elaboração do plano de projeto e análise de risco inicial.
2 – Análise de requisitos
A análise de requisitos é a fase onde se identificam e documentam as necessidades e expectativas dos stakeholders em relação ao software. Aqui, o objetivo é possibilitar o registro claro e preciso de todas as funcionalidades.
- Atividades envolvidas: coleta de requisitos por meio de reuniões, entrevistas, workshops e análise de documentos existentes. Além disso, criam-se diagramas de requisitos e especificações funcionais e não funcionais.
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3 – Design do sistema
O design do sistema é a fase onde se define a arquitetura do software, com detalhes sobre a estrutura e os componentes. O propósito é transformar os requisitos em uma solução técnica para os desenvolvedores implementarem.
- Principais atividades e entregáveis: criação de diagramas de arquitetura, design de interfaces de usuário, modelagem de dados e, às vezes, prototipagem.
4 – Desenvolvimento (Implementação)
Já a fase de desenvolvimento, ou implementação, é onde os desenvolvedores realmente constroem. Ou seja, escrevem o código conforme as especificações de design.
- Ferramentas utilizadas: ambientes de desenvolvimento integrados (IDEs) como Visual Studio ou Eclipse, sistemas de controle de versão como Git, e ferramentas de gerenciamento de projetos como Jira ou Trello.
- Metodologias utilizadas: Waterfall (linear e sequencial) e abordagens ágeis como Scrum e Kanban (flexíveis e iterativas). O objetivo é construir o software de maneira eficiente, colaborativa e assegurar a qualidade do código por meio de revisões e testes.
5 – Testes
Na fase de testes, valida-se o software para garantir que atende aos requisitos e funciona corretamente. Os principais tipos de testes incluem:
- unitários: verificação de componentes individuais;
- de integração: verificação da interação entre componentes;
- de sistema: avaliação do sistema completo;
- de aceitação: validação pelo usuário final.
Nesse sentido, as experimentações são fundamentais para identificar e corrigir erros antes da implantação, bem como garantir a qualidade do software.
- Atividades envolvidas: criação de casos de teste, execução de testes, registro de defeitos e re-teste após correção.
6 – Implantação
A implantação é a fase onde se coloca o software em produção e o disponibiliza aos usuários finais. Envolve a configuração dos ambientes de produção, a instalação do programa e a migração de dados, se necessário.
Assim, para uma implantação bem-sucedida, é essencial realizar um planejamento detalhado, incluir testes de aceitação e treinamento do usuário e um plano de rollback (retorno) em caso de problemas.
Além disso, na fase da implantação, a comunicação clara com todos os stakeholders é importante para minimizar possíveis interrupções.
7 – Manutenção
Por fim, a manutenção é a fase onde se atualiza e melhora o software ao longo do tempo. Existem três tipos principais de manutenção:
- corretiva: correção de bugs e erros;
- adaptativa: ajustes para novos ambientes ou tecnologias;
- evolutiva: adição de novas funcionalidades.
Esta fase é essencial para garantir que o software atenda às necessidades dos usuários e se adapte a novas condições ou exigências.
Portanto, monitorar continuamente as atividades, analisar feedback dos usuários, implementar atualizações e melhorias, e gerir mudanças são práticas essenciais para uma manutenção eficiente.
Modelos de ciclo de vida de desenvolvimento de software
Os modelos de ciclo de vida de desenvolvimento de software incluem cascata, ágil, iterativo, espiral e V-Model. Cada um tem características específicas, vantagens e desvantagens, adequadas a diferentes tipos de projetos.
1 – Modelo Cascata
O modelo cascata é um dos mais tradicionais e lineares, já que cada fase se completa antes de passar para a próxima. Dentre as etapas, destacamos: planejamento, análise de requisitos, design, desenvolvimento, testes, implantação e manutenção.
Vantagens:
- estrutura bem definida;
- fácil de entender e gerenciar;
- documentação detalhada em cada fase.
Desvantagens:
- falta de flexibilidade para mudanças de requisitos;
- correção de erros pode ser complexa nas fases posteriores.
2 – Modelo Ágil
Já o modelo ágil é uma abordagem flexível para o desenvolvimento de software, pois permite ajustes frequentes ao longo do processo. Ou seja, ao invés de entregar um software completo de uma só vez, o ágil divide o trabalho em pequenas partes chamadas de “sprints”.
Geralmente, cada sprint dura de duas a quatro semanas, e tem como objetivo entregar uma parte funcional do software. Dessa forma, permite que a equipe de desenvolvimento receba feedback constante dos usuários e faça ajustes rapidamente conforme necessário.
Princípios:
- comunicação e colaboração são essenciais;
- prioridade para entregar software que funcione;
- cliente envolvido continuamente;
- flexibilidade para adaptar-se às mudanças.
Práticas:
- reuniões diárias (Stand-ups): discussão do progresso e identificação de obstáculos;
- planejamento de sprint: elaboração do trabalho de cada sprint.
- retrospectivas: discussão do que funcionou e o que pode melhorar;
- integração contínua: código integrado e testado constantemente.
3 – Modelo Iterativo
O modelo iterativo cria o software em pequenas partes repetidas chamadas “iterações”. Cada ciclo inclui planejamento, design, desenvolvimento e testes. Este modelo é útil quando não há conhecimento dos requisitos desde o início.
Benefícios:
- identificação e resolução precoce de problemas;
- feedback constante melhora a qualidade;
- flexibilidade para mudanças e melhorias contínuas.
Desafios:
- requer boa gestão de projeto e comunicação eficaz;
- pode aumentar o custo e o tempo devido às várias iterações.
4 – Modelo Espiral
O modelo espiral combina elementos do modelo cascata e do iterativo, com um foco adicional na análise de riscos. Dessa forma, cada ciclo da espiral envolve planejamento, análise dos riscos, desenvolvimento e avaliação, e repete essas fases até que o software esteja completo.
- Quando usar: projetos grandes e complexos onde a gestão de riscos é crucial.
- Vantagens: alta flexibilidade, ênfase na diminuição de riscos e fácil adaptação a mudanças.
5 – Modelo V-Model
Por último, o V-Model é uma variação do modelo cascata, mas com um foco maior em testes. Imagine um “V” onde, de um lado, você tem as fases de desenvolvimento, como planejamento, análise de requisitos e design.
No outro lado do “V”, as fases de teste correspondentes, como testes de unidade, de integração e de sistema, verificam o desenvolvimento realizado.
Na prática, significa que, para cada etapa de desenvolvimento, há uma fase de teste correspondente, que garante testes rigorosos desde o início.
Vantagens:
- foco na qualidade e testes rigorosos;
- estrutura clara e bem definida.
Desvantagens:
- falta de flexibilidade para mudanças de requisitos;
- pode ser caro e demorado devido à ênfase nos testes.
Vantagens da terceirização de desenvolvimento de software com oHub
A terceirização do desenvolvimento de software oferece diversas vantagens, como a possibilidade de focar nas atividades principais da empresa enquanto especialistas cuidam do ciclo de vida do software.
Além disso, permite que instituições acessem profissionais qualificados sem os altos custos de contratação interna, o que elimina a necessidade de processos seletivos e treinamentos.
A terceirização ainda reduz investimentos em equipamentos e infraestrutura tecnológica, que ficam por conta da empresa terceirizada.
O oHub facilita a terceirização do ciclo de desenvolvimento de software, ao conectar empresas a uma rede de fornecedores especializados em cada fase da criação de software.
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