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Gestão de TI: o papel estratégico da tecnologia nas empresas modernas

A gestão de TI deixou de ser um tema restrito ao setor técnico e passou a ocupar posição central na estratégia das empresas. Hoje, independentemente do porte ou do segmento, a tecnologia está diretamente ligada à continuidade do negócio, à segurança da informação e à capacidade de crescimento sustentável. Este papo enriquecedor com Willians Geraldini, fundador da Advanti, inclusive, está disponível em formato de áudio no podcast “Conexões para Crescer”, do oHub.

Ao longo dos últimos anos, a aceleração digital impulsionada pela pandemia, pela adoção do trabalho remoto e por novas regulações transformou profundamente a forma como as empresas lidam com TI. A infraestrutura deixou de ser apenas suporte operacional e passou a ser um pilar estratégico, influenciando decisões de investimento, modelos de trabalho e até a reputação das organizações no mercado.

Nesse contexto, a gestão de TI passa a exigir visão de longo prazo, alinhamento com o negócio e capacidade de adaptação constante. Como resume Willians Geraldini, “hoje em dia toda empresa é uma empresa de TI. Independentemente do segmento, a tecnologia faz parte do negócio e deixou de ser algo subjugado.”

A evolução da gestão de TI nos últimos anos

Nos últimos cinco anos, o mercado de TI passou por transformações profundas, especialmente no modelo de consumo de tecnologia. Estruturas baseadas exclusivamente em servidores físicos e ambientes locais tornaram-se cada vez mais raras, abrindo espaço para soluções baseadas em nuvem e serviços sob demanda. Esse movimento trouxe mais previsibilidade de custos, escalabilidade e agilidade para as empresas.

Além disso, o avanço do trabalho remoto e híbrido elevou o nível de maturidade das organizações em relação à tecnologia. A TI precisou garantir acesso seguro aos sistemas, disponibilidade contínua e suporte a equipes distribuídas. Segundo Willians Geraldini, “essas mudanças inesperadas aceleraram em cinco anos aquilo que o mercado levaria muito mais tempo para absorver”, especialmente no que diz respeito à segurança e à governança da informação.

Outro ponto relevante foi a mudança de mentalidade do empresariado. A tecnologia passou a ser vista não apenas como suporte, mas como elemento essencial para inovação, produtividade e competitividade. Mesmo assim, ainda existe um processo de amadurecimento em curso, principalmente entre pequenas e médias empresas que estão dando os primeiros passos rumo a uma gestão de TI mais estruturada.

Desafios da gestão de TI nas empresas brasileiras

Um dos principais desafios da gestão de TI está no alinhamento de expectativas entre tecnologia e negócio. Muitas organizações ainda enxergam a TI apenas quando algo falha, como um computador que trava ou uma internet instável. Essa visão limitada impede que a tecnologia seja utilizada de forma estratégica e preventiva.

Willians Geraldini destaca que “não basta ser suporte; é preciso ser estratégico, entender a linguagem do cliente e mostrar que TI não é só custo”. A gestão de TI eficiente envolve gestão de riscos, planejamento, visão de futuro e integração entre áreas, já que a tecnologia permeia praticamente todos os processos da empresa.

Outro desafio importante é a lacuna entre o que o mercado oferece e o que muitas empresas compreendem como necessário. Enquanto grandes organizações já discutem inteligência artificial, automação e análise avançada de dados, parte do mercado ainda acredita que antivírus e backup são suficientes. Essa diferença de maturidade aumenta a exposição a riscos como vazamento de dados, ataques cibernéticos e multas regulatórias.

Tendências em gestão de TI: automação, IA e segurança

A automação é uma das tendências mais promissoras na gestão de TI. Ferramentas capazes de monitorar ambientes, identificar falhas e executar correções automaticamente reduzem a dependência de intervenções manuais e aumentam a eficiência operacional. Esse movimento também responde à escassez de mão de obra especializada no setor.

A inteligência artificial ganha destaque principalmente na segurança da informação. Soluções baseadas em IA conseguem analisar comportamentos, identificar padrões suspeitos e agir de forma preditiva. Para Willians Geraldini, “segurança com IA permite que a empresa deixe de ser apenas reativa e passe a antecipar problemas”, o que é fundamental em um cenário de ameaças cada vez mais sofisticadas.

No entanto, é preciso cautela. A IA não deve ser tratada como solução mágica. “Tecnologia sem processo gera frustração”, alerta Willians. A gestão de TI eficaz combina tecnologia, pessoas e processos bem definidos, revisados continuamente. Automação excessiva ou mal planejada pode comprometer a experiência do usuário e afastar o cliente do que realmente importa: eficiência e confiança.

Conclusão

A gestão de TI vive um momento decisivo, em que seu papel estratégico se torna cada vez mais evidente. Empresas que tratam a tecnologia apenas como custo tendem a enfrentar mais riscos, menor competitividade e dificuldades para crescer de forma sustentável. Por outro lado, aquelas que investem em planejamento, segurança e inovação colhem ganhos em produtividade, confiabilidade e tomada de decisão.

Mais do que acompanhar tendências, gerir TI de forma eficiente significa entender o negócio, mapear riscos e alinhar a tecnologia aos objetivos estratégicos da empresa. Como reforça Willians Geraldini, “TI é ajudar a blindar a operação e dar sustentação para o crescimento do negócio”, uma visão que resume bem o momento atual do setor.

Em um cenário de rápidas transformações, a gestão de TI deixa de ser apenas operacional e assume definitivamente um papel de protagonismo. O futuro pertence às empresas que compreendem essa mudança e utilizam a tecnologia como aliada estratégica, e não apenas como solução emergencial.

Clique aqui e assista a todos os episódios do podcast Conexões para Crescer.

Sobre Luiza Guimarães

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